"Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado
para o evangelho de Deus" (Romanos 1:1 ARA)
Antigamente,
quando era criança ouvia muito dizerem: “O
fulano é da família X, Ah sim! Trata-se então de alguém muito importante”.
As coisas não mudaram muito hoje em dia. Muitas vezes o sobrenome é utilizado
para identificar a pessoa, algumas pessoas me chamam apenas por Berberth, tem
gente que nem sabe o meu nome completo, “Paulo
César Berberth Lima”, claro que minha família não tem posses, não somos
ricos, muito menos importantes para a sociedade. Da mesma forma é muito comum o
uso dos títulos pessoais como uma forma de apresentação.
Gosto
de observar alguns pregadores hoje em dia, é engraçado como muitos deles (não
são todos) gostam de falar de si mesmo e daquilo que fizeram e conquistaram, o
pior é que as pessoas valorizam muito mais os títulos do que a própria pessoa.
Já cansei de testemunhar cenas como esta: “este
é o fulano de tal, PHD nisso e Dr daquilo, formado naquilo, fez isso e mais
aquilo outro e blá... blá... blá....”. Fica ali falando do sujeito mais de
5 minutos, exaltando seus títulos. Sinceramente não acho isso necessário,
poderia apenas dizer: “O fulano de tal, pastor, missionário, serve ao Senhor,
na igreja tal". Já me disseram: “Paulo
cuidado! Você deve pensar isso baixo, pode se queimar. Isso deve acontecer,
afinal, são apenas formalidades exigidas nestas ocasiões”. Chamo isso de Politicagem!
Admiro
quem busca suas especializações e não ligo se alguém for apresentado com seus
títulos, o nosso cuidado deve ser para não valorizar apenas os títulos e nos
esquecermos da pessoa, do que seu caráter e de quem ela é diante de Deus. Até
porque, nem todos os pastores e missionários possuem "títulos". Eu
mesmo não tenho, sou peixe pequeno! E tem muitos que exigem ser chamados pelo
título "PASTOR fulano de tal". Se alguém o chama pelo primeiro nome,
fica bravo.
Veja o
exemplo do apóstolo Paulo, não apenas ao escrever a carta aos Romanos (olhe o
início de cada carta que escreveu e perceba qual era sua ancora), ele não
adotou o “sobrenome” que era seu por direito. Ele poderia ter se intitulado
assim: “Eu, o Grande Apóstolo, o Doutor
da lei, Poliglota, Cidadão Romano, Pregador de Multidões, Missionário para
todos os povos e por aí adiante...”. Mas não o fez, preferindo antes dizer
simplesmente: “Paulo, servo de Jesus
Cristo”. O verdadeiro servo de Cristo sabe que antes dele vem o seu Senhor,
tanto em sua postura como em sua essência, ele é servo e isso basta.
Como
temos nos chamados? Qual é a visão que temos de nós mesmos? Será que o mais
importante está sendo negligenciado? Devemos agradar Àquele que nos chamou e
nos amou primeiro. Todo resto pode ficar para depois, inclusive nosso “sobrenome”,
a idéia é que nos coloquemos na posição de servos
mesmo tendo “direitos” de sermos senhores em alguma coisa, sendo assim:
? Valorizaremos muito mais o Senhor do
Servo, do que o Servo do Senhor;
? Ao olharmos alguém com títulos, devemos
valorizar primeiro o seu caráter e integridade como servo e cristão e depois podemos
olhar para os Títulos que o Senhor ajudou ele conquistar ao longo da vida. Podemos
admirá-los. E jamais desprezar o esforço da pessoa que alcançou tal feito.
? Olharemos para nós mesmo e
valorizaremos muito mais quem somos em Cristo do que aquilo que realizamos ao
longo de nossas vidas, lembrando-se sempre do que Jesus nos disse em João 15.5: “Eu sou a
videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto;
porque sem mim nada podeis fazer”.
Que
sobrenome você tem usado? Quem sabe não seja isso que esteja faltando para nós
numa época tão repleta de títulos e honraria, onde a criação é mais valorizada
que o CRIADOR.
No
amor de Cristo,
Pr
Paulo Berberth
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No Amor de Cristo,
Pr Paulo Berberth