O Sujeito é Deus, o “eu” é oculto


Na semana passada, postei no meu perfil do Instagram um trocadilho com a seguinte frase. “Eu sou servo de Deus”. E afirmei, que nesta frase, o sujeito é “Deus” e o “Eu” deve sempre estar oculto, baseando-se em 📖 João 3.30: "Convém que ele cresça e que eu diminua”. NAA

 Bom, é evidente que na gramática da língua portuguesa na verdade, o sujeito é o pronome pessoal “Eu” – que indica quem pratica a ação (no caso, quem é servo de Deus). O verbo de ligação é "sou" – que liga o sujeito ao predicativo. E o predicativo do sujeito é "servo de Deus" – é a característica atribuída ao sujeito "Eu". Portanto, no português o sujeito é “Eu”, contudo na teologia é Deus.

 Este versículo é uma das declarações bíblicas mais marcantes, pois retrata a humildade e a fidelidade de João Batista a JESUS, que ao ver seus discípulos preocupados com o fato de que Jesus estava ganhando mais seguidores, responde com clareza e convicção que o propósito do seu ministério era justamente preparar o caminho para o Messias e que agora, era necessário que Ele crescesse em proeminência, enquanto ele sairia de cena.

 Hoje em dia, muitos ditos “servos”, querem aparecer mais que Jesus. Vivemos uma cultura marcada pela busca por reconhecimento, autopromoção e visibilidade. Nunca o narcisismo esteve tanto em alta. Egos inflados e tomados por “si mesmo”. Mas ao contrário deste tempo doido, João Batista não buscava fama ou protagonismo, mas submeter-se à soberania de Deus com humildade e alegria por saber sua missão, não quis ser quem não era para ser.

 Somos confrontados a avaliar o motivo real de nossos corações no serviço cristão, no uso de nossos dons e talentos. Pois temos uma chamada clara a viver para a Glória de Jesus, o Cristo e não para a nossa. Diminuir, portanto, “significa reconhecer que tudo o que somos e fazemos deve apontar para Jesus. O verdadeiro discípulo não deseja ser o centro, mas fazer de Cristo o centro, pois a maturidade espiritual está ligada à humildade e à centralidade de Cristo em nossa vida”. Então, que possamos, como João Batista, ter o coração disposto a dizer diariamente: “Convém que Ele cresça, e que eu diminua”.

 No amor de Cristo, Pr Paulo Berberth

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