Pilatos – Um homem
que lavou as mãos
Série: Personagens Bíblicos
– Mensagem nr 001 – Mateus 27.21-26
Mensagem do dia 25/02/2018
(Domingo/Manhã) - Igreja Batista Mandacaru
& Mateus 27.21-26: 21
Então o governador perguntou outra vez: "Qual dos dois vocês querem que eu
lhes solte?". A multidão gritou em resposta: "Barrabás!". 22
Pilatos perguntou: "E o que farei com Jesus, chamado Cristo?".
"Crucifique-o!", gritou a multidão. 23 "Por quê?", quis
saber Pilatos. "Que crime ele cometeu?" Mas a multidão gritou ainda
mais alto: "Crucifique-o!". 24 Pilatos viu que de nada adiantava
insistir e que um tumulto se iniciava. Assim, mandou buscar uma bacia com água,
lavou as mãos diante da multidão
e disse: "Estou inocente do sangue deste homem. A responsabilidade é de
vocês". 25 Todo o povo gritou em resposta: "Que nós e nossos
descendentes sejamos responsabilizados pela morte dele!". 26 Então Pilatos
lhes soltou Barrabás. E, depois de mandar açoitar Jesus, entregou-o para ser
crucificado. NVT
INTRODUÇÃO
Primeiramente: Quem foi “Pôncio Pilatos”?
Ele
era Procurador ou Governador da província romana da Judéia, quando governava o
imperador Tibério, 26 a 36d.C. Aparece com destaque nos evangelhos quando Jesus
foi levado a ele para ser julgado. Os quatro evangelhos descrevem o julgamento
de Jesus de uma maneira, contudo Lucas é o mais detalhista como de costume. Nos
negócios públicos e particulares mostrava-se cruel e impiedoso – Lucas 13.1 relata que “ele havia assassinado algumas pessoas da
Galiléia enquanto ofereciam sacrifícios”.
Pilatos
queria apenas manter a paz pública na ocasião, e por isso procurou acalmar os
ânimos dos judeus mandando açoitar Jesus (Mt 27.26; Jo 19.1), mas ao mesmo
tempo também desejou libertá-Lo no dia da Páscoa.
Por
fim, para se livrar de um problema político, Pilatos enviou Jesus para Herodes
Antipas, esperando que O julgasse já que Jesus era da Galiléia e Herodes era o
Governador da Galiléia, portanto, jurisdição de Herodes. E naqueles dias
Herodes estava em Jerusalém. Mas Jesus foi devolvido para Pilatos, que fez as
pazes com Herodes, pois eram inimigos (Lucas 23.7-12).
Pilatos
chamou os chefes dos sacerdotes, as autoridades e o povo, e disse “não ver
crime algum em Jesus”, ele ordenaria que Jesus fosse açoitado e depois o
soltaria. Mas os líderes judeus gritavam ainda mais forte: Crucifica-o! Liberta
Barrabás! Pilatos, “lavou suas mãos” e fez o que a multidão pedia (Lc
23.14-25).
Há
um ditado popular que diz que “a
voz do povo é a voz de Deus”. Será? Acho interessante a forma que
as coisas aconteceram, percebo certa ambiguidade nesta afirmação (tem 2 lados a
moeda). Pois por um lado o povo foi injusto dizendo: “Crucifica-o! Crucifica-o!”. Mas
por outro, percebemos um plano maior, o de DEUS, dentro do seu Maravilhoso
propósito de salvação para a humanidade, ou seja, as profecias haveriam de
se cumprir, a crucificação deveria acontecer exatamente para se cumprir as
profecias e o plano de Deus.
Vamos
analisar a postura de Pilatos e suas atitudes aplicando lições para as nossas
vidas, o que podemos aprender?
Ele
poderia soltar Jesus se quisesse? Sim! Teve oportunidade para isso, inclusive
percebemos que ele concluiu que Jesus era de fato inocente, “NÃO vejo nele crime algum”. No entanto
lavou suas mãos, noutras palavras: “tirou
o corpo fora”, transferiu a responsabilidade para o Povo dizendo "Estou inocente
do sangue deste homem. A responsabilidade é de vocês".
Pilatos
ficou em cima do muro, não quis se comprometer com a responsabilidade de ser o
culpado pela crucificação de um homem justo e também temia o povo, pois “aumentava
o tumulto”. Pilatos foi covarde, injusto e agiu com indiferença.
Ouvi
certa vez que o oposto do amor não é
o ódio, é a indiferença. Talvez ela seja também o oposto da decisão que temos que tomar como nossas
responsabilidades, a indiferença frente às decisões que sabemos que temos que
tomar, porque temos que assumir a nossa responsabilidade. Aplicando isso sobre
as nossas vidas, podemos pensar:
Ü Em quais situações podemos
ser indiferentes a JESUS?
1. Quando não ouvimos e não
obedecemos a Palavra de Deus em todas as áreas de nossas vidas;
2. Quando não amamos a
Deus e ao próximo da maneira que ELE deseja;
3. Quando não nos
importamos com a salvação dos perdidos;
4. Quando não nos
importamos com o nosso testemunho pessoal;
5. Quando não somos bons
mordomos, do tempo, bens, dons e talentos;
6. Quando não oramos uns
pelos outros e nem meditamos em SUA PALAVRA;
7. Quando deixamos de
cooperar com a obra de Deus em nossa igreja local;
8. Quando não perdoamos
e não buscamos restaurar a comunhão com o irmão;
9. Quando não ajudamos
aos necessitados naquilo que está ao nosso alcance;
10. Quando não agimos com
justiça, transparência e imparcialidade com o nosso próximo.
CONCLUSÃO
Em
primeiro lugar, Pilatos, agiu totalmente ao contrário do que seria a melhor
decisão para um cristão. Óbvio, ele não era cristão. Está aí a primeira lição:
“Não podemos cobrar uma postura cristã daquele que não é cristão”. Ele não terá
os mesmos princípios, valores e fé.
Em
segundo lugar, Pilatos pensava apenas em si mesmo e não no próximo. Ele queria
soltar Jesus, não por ser justo, correto ou porque era a coisa certa a se
fazer, mas para não ser responsabilizado pelo sangue de um homem justo, quis se
livrar de sua responsabilidade. Ele mandou Jesus para Herodes, não porque
queria de fato que Jesus fosse liberto, mas porque ele queria se ver livre de
um problema político. O que ele fez é tentar agradar o povo, a César e aos
judeus, mas não quis agradar a Deus. Nossa segunda lição: “Devemos agradar a
Deus e não as pessoas, mesmo que por causa disso venhamos a ter algum prejuízo,
importa agradar a Deus!”
Que
possamos refletir sobre essas coisas e que possamos fazer e ter atitudes que
agradam tão somente a Deus.
No
amor de Cristo, Paulo Berberth
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No Amor de Cristo,
Pr Paulo Berberth