Que é a Verdade?
João 18.37-38: 37 "Então, você é rei! ",
disse Pilatos. Jesus respondeu: "Tu
dizes que sou rei. De fato, por esta razão nasci e para isto vim ao mundo: para
testemunhar da verdade. Todos os que são da verdade me ouvem". 38
"Que
é a verdade?", perguntou Pilatos. Ele disse isso e saiu novamente
para onde estavam os judeus e disse: "Não acho nele motivo algum de
acusação”.
Pilatos era procurador,
ou governador da Judéia. É uma figura muito interessante, contraditório, cético
e confuso, realmente trata-se de alguém que desafia a nossa imaginação. Para
alguns, ele é um santo, para outros, a personificação da fraqueza humana, o
típico político disposto a sacrificar um homem pela causa da estabilidade.
Aliás, nos negócios públicos e particulares mostrava-se cruel e indiferente (Lc
13.1).
Com aparência
de justo disse por três vezes não ter achado crime nenhum em Jesus, tentando
libertá-lo, todavia, ao mesmo tempo não quis se comprometer com a verdade. Não
queria se dispor nem com os judeus e muito menos com o imperador. Portanto,
Pilatos “lavou as mãos”, libertou a pedido do povo, Barrabás e entregou Jesus
para ser crucificado.
Vivemos
épocas de crises, crise de identidade, crise moral e ética, crise de caráter e
de espiritualidade. Tempos de contradições, de inversões de valores e abandono
dos princípios. A pergunta de Pilatos foi: "Que
é a verdade?"
Teria Pilatos achado que a verdade era um conceito indefinido
demais para merecer tamanha atenção? E hoje, que é a verdade? Depende do ponto
de vista? A resposta desta pergunta afeta diretamente em nossas vidas,
consequentemente em nossa sociedade atual. Portanto, vamos refletir sobre a
pergunta de Pilatos: Que é a verdade?
A presença
real de Cristo na vida moral do cristão liberta a moralidade não só do legalismo, mas também do relativismo e junto dele também o liberalismo. Ambos todos são erros
grotescos, nocivos e prejudiciais. Enquanto o legalismo condena, o liberalismo
aprova e o relativismo fica em cima do muro dizendo: “Todo ponto de vista, é um ponto de vista”.
O que precisa
ser compreendido é que os extremos sempre são prejudiciais para as nossas
vidas, muito mais maléficos que pensamos. Veja, o legalismo sacrifica as
pessoas pelos princípios, geralmente por interpretações extremistas da moral;
enquanto o relativismo e o liberalismo sacrificam os princípios pelas pessoas,
é o esvaziamento dos valores e princípios divinos para beneficiar o homem.
Todavia, o
que mais preocupa não é tanto o legalismo, que diga-se de passagem, está fora
de moda e mais do que rejeitado, muito embora continua deixando muitos feridos
dentro das igrejas e foras da igrejas, pessoas decepcionados com a igreja. Mas
é os outros extremos, o relativismo e
o liberalismo que estão de mãos dadas
e fazendo muito sucesso hoje em dia, infelizmente! Uma sociedade a quem dos
princípios e valores de Deus, batem palmas para tais ideologias e formas de
viver.
A
desconstrução de pensamento, dos princípios e valores tem gerado uma sociedade
enferma. Por essa razão, ela precisa de uma terapia muito mais profunda que de
bons argumentos filosóficos que são como uma espécie de “Raio X”, ou seja,
apenas fornece a observação dos sintomas, os efeitos da doença; contudo,
precisamos apresentar um diagnóstico da doença que está causando os sintomas
antes de prescrever a cura. E o diagnóstico mais profundo da principal doença
deste século, aliás deste de o mundo é mundo: É a descrença em Cristo, a
descrença na Verdade. É a falta de fé no criador.
Por isso que
argumentos não resolvem quando eles não passam de “pontos de vistas” para o
relativismo, então, a resposta mais firme não é um argumento perfeito, mas a
pessoa perfeita: CRISTO. Pois ele é
a evidencia perfeita, o fato real, a presença real, a prova sem contestação.
Encontre-O e o relativismo e o liberalismo no mesmo instante murcham.
Os argumentos
mais irrefutáveis sempre serão os fatos, os dados, a realidade concreta. Como
aquele ditado popular diz: “Contra fatos
não há argumentos”. Embora exista aqueles que divergem, como por exemplo Nietzsche
que disse: “Não há fatos, mas sim
interpretações”. Portanto, quero ser mais contundente, por exemplo: o
argumento mais eficaz contra o aborto é simplesmente assistir a um aborto.
Nossa cultura
rejeita a moralidade cristã, porque rejeita Cristo. Nossa cultura acha ela útil
em algumas áreas, mas desagradável e repressiva em outras. Eis mais ou menos o
pensamento: “O que me favorece, uso, o
que não me agrada, descarto”. Por isso vivemos numa sociedade que pensa na
moralidade cristã em termos de regras humanas necessárias, mas desagradáveis,
como a inspeção de bagagem nos aeroportos. Ela pensa que o bem necessário é o
mal necessário e não consegue compreender os benefícios dela.
A imagem que
se tem da moralidade cristã quase sempre é confundida com uma imagem de
sujeição, de limitação, de aprisionamento, no entanto, o evangelho não limita,
não aprisiona ele liberta, transforma, regenera, renova, restaura, constrói, reconstrói
etc.
Conclusão
Se tais
pessoas conhecessem a Cristo, seus valores e princípios e não os ignorassem, saberia
que a moralidade é como lições de navegação para iniciantes num pequeno barquinho
navegador. Somos o barquinho, o vento do Espírito Santo é a nossa vela e a
mente de Deus o nosso leme que nos conduz, pois, nosso destino é navegar pela
grande profundidade de Deus, e isso é totalmente possível, porque o próprio Deus
se tornou homem subiu a bordo do barco.
Por isso, concluo
dizendo que a vida daquele que é um relativista moral, não tem sentido algum, pois
para ele é um grande absurdo o Ele absoluto estar ao seu lado no barco, quanto o
é para o cristão verdadeiro ser tão cético em relação a verdade a ponto de
perguntar cinicamente para a própria Verdade: “O que é verdade?” Estando Ele em
pé diante de você e depois autorizar a morte Dele, lavando friamente suas mãos
diante de todos.
Como está
escrito: “E
conhecerão a verdade, e a verdade os libertará" (João 8.32).
No amor de Cristo, Pr Paulo Berberth
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