Atendendo a Grande Comissão
Mensagem do dia 29/03/2015 (Domingo/Noite) – Aniversário da Igreja
Batista Monte Moriá Cascavel
Texto: Mateus 28.16-20 “A Grande Comissão”
“16 Os onze discípulos foram para a Galiléia, para o monte que
Jesus lhes indicara. 17 Quando o viram o adoraram; mas alguns duvidaram. 18
Então, Jesus aproximou-se deles e disse: "Foi-me dada toda a autoridade no
céu e na terra. 19 Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, 20 ensinando-os a
obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim
dos tempos” (Mateus 28.16-20).
Introdução
Jesus fora
crucificado, ressuscitou dos mortos e agora em seu estado glorificado como o
Cristo ressurreto e sem reservas conclama sua autoridade total nos céus e na
terra. E deixa uma missão para sua igreja, conhecemos como “A grande Comissão”,
relatada também em Marcos 16.14-18; Lucas 24.36-49; João 20.19-23; e Atos
1.6-8. Jesus comissionou sua igreja para a missão mais sublime de todas.
Levar o Evangelho para todas as criaturas. Atos
1.8: “E
receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas
testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da
terra". Missão
da Igreja. Sua, minha, nossa missão!
Nós iremos
analisar o texto versículo a versículo e extrair dele valiosas lições. Acompanhe
comigo!
Jesus aparece aos
discípulos na Galiléia vv. 16-17: “16 Os onze discípulos
foram para a Galiléia, para o monte que Jesus lhes indicara. 17 Quando o viram
o adoraram; mas alguns duvidaram”.
Aqui
em Mateus o encontro é num monte. Nos outros textos acontecem numa casa. Provavelmente
estavam presentes ali mais pessoas, além dos onze discípulos, no mínimo os
irmãos de Jesus conforme ele mesmo havia pedido no v.10: “ide avise a meus irmãos que se dirijam à Galiléia e lá me
verão”.
Como
o apóstolo Paulo relata em 1 Coríntios
15.3-6: “3
... Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, 4 foi
sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, 5 e
apareceu a Pedro e depois aos Doze. 6 Depois disso apareceu a mais
de quinhentos irmãos de uma só vez, a maioria dos quais ainda vive, embora
alguns já tenham adormecido”.
Todos
foram testemunhas oculares do aparecimento de Jesus Ressurreto. No v. 17: “Quando o viram o adoraram; mas alguns duvidaram”. Uns adoraram e alguns
duvidaram, a principio podem ter duvidado por não ter reconhecido ao mestre,
mas também duvidaram das palavras de Jesus, pois ELE disse o que iria acontecer
antes de tudo acontecer, Leiamos Mateus
20.18-19: “18
"Estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do homem será entregue aos
chefes dos sacerdotes e aos mestres da lei. Eles o condenarão à morte 19
e o entregarão aos gentios para que zombem dele, o açoitem e o crucifiquem. No
terceiro dia ele ressuscitará!".
- Em Marcos, Jesus os trata por
incrédulos e duros de coração, por não crerem no que Jesus havia dito.
- Em Lucas, Jesus diz que eles pensavam
ver um espírito e até mostrou as mãos e os pés para tocarem seus
ferimentos.
- Em João, Jesus apareceu aos
discípulos, mas quem duvidou foi Tomé.
Duvidaram
por não compreender o que Jesus Faria, o que iria acontecer com ELE. Falta de fé!
V. 18: “Então, Jesus aproximou-se deles e disse: Foi-me dada toda a
autoridade no céu e na terra”.
Toda autoridade. Toda é toda, não é um
pouco, não é parcial é toda. Autoridade. Exousía. Autoridade absoluta –
senhorio sobre tudo – é concedida a Cristo, “no céu e na terra”. Comprovando
sua divindade. Jesus é Deus. Ele tem autoridade sobre todas as coisas. O tempo
da humilhação havia chegado ao fim e Deus o exaltou acima de todas as coisas
(Fp 2.9-11).
A
autoridade para Mateus é algo muito importante, Mateus, ou Levi, judeu,
cobrador de impostos, era uma autoridade e com isso exercia poder. Os judeus
valorizavam em demasia suas autoridades. Mateus o tempo todo em seu Evangelho
tenta mostrar, evidenciar a autoridade de Jesus. E a esfera da autoridade de
Jesus parece crescer e ficar cada vez mais evidente conforme avança o seu
ministério; vejamos:
No
início, Mateus (1.16) é registrado que Jesus é da linhagem “real de Davi”, para
o judeu, a linhagem é extremamente importante, eles sabiam que o Messias viria
da raiz de Davi. Legítima seu parentesco com o grande Rei Davi, comprovando que
era Judeu consequentemente o Messias prometido. E quando era criança fora
reconhecido como “Rei dos judeus” pelos magos do oriente (2.1); Pilatos o
questiona “És o Rei dos judeus?” (27.11), e acabara sendo crucificado como “Rei
dos judeus” (27.37). Fica evidente a sua autoridade em várias situações durante
seu ministério, ele tem autoridade, para ensinar, para perdoar pecados, para
curar, para ressuscitar mortos, para expulsar demônios, para acalmar a
tempestade, enfim. Acima de tudo, ficou comprovada que sua autoridade não era terrena,
mas divina e espiritual.
V.
19: “Portanto,
vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do
Filho e do Espírito Santo”.
“Portanto”.
Ou
seja, com base em Sua autoridade, na autoridade de Jesus, os discípulos foram
enviados a fazer “discípulos de todas as nações”. A universalização da
Graça de Deus, primeiro os judeus, depois gregos, ímpios, pagãos, pessoas de
todas as nações poderiam e ainda podem ser
alcançadas pela Graça.
“Vão”. POREUTENTES. Em algumas versões, traduzida por IDE. Mas a melhor tradução seria INDO. A palavra tem a mesma raiz de POREÍA. Que significa “jornada”, “viagem”. POREÚO, “proceder”, “viajar”, “conduzir-se”, “andar”. INDO para onde? Para todas as direções!
Indo neste bairro, nesta e cidade, neste estado, pelo Brasil e pelo Mundo em
todas as direções, fazendo discípulos. Todos precisam saber que Jesus salva.
“... façam
discípulos de todas as nações...” Discípulos de quem? Discípulos de Jesus não de nós mesmos. Algo
que tem acontecido com frequência nos dias de hoje. Homens que se intitulam “pastores”,
“bispos”, “sacerdotes”, “apóstolos”, que fazem discípulos de si mesmo, não de
Jesus. A mesma voz, o mesmo gesto, o mesmo comportamento, consequentemente o
mesmo caráter. Façam discípulos de Jesus.
Outro
fato interessante é que aqui nesta passagem é o único texto que vemos Jesus
mencionando a trindade, PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO. Durante o evangelho encontramos
Jesus falando bastante sobre o PAI, em vários outros momentos sobre o Filho de
Deus e a mesma coisa acontece com o Espírito
Santo. Mas aqui ele menciona os três.
Indo
e fazendo discípulos. Como?
1º v.19: “... batizando-os em
nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.
Para
ser discípulo, a pessoa precisa conhecer a Jesus, compreender o Evangelho,
compreender o propósito da salvação, se render a Cristo confessando os seus
pecados e entregando o seu coração e vida para o Senhor e Salvador Jesus
Cristo. Após torna-se discípulo, há a ordenança do batismo. Em obediência o discípulo
é batizado e como símbolo, morrendo para o mundo e vivendo para Cristo. O
Batismo deve ser “... em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.
2º v. 20: “... ensinando-os a
obedecer a tudo o que eu lhes ordenei”.
Em
Cristo somos novas criaturas, as coisas velhas devem ficar para traz, e
passamos a viver uma nova vida. Os discípulos de Jesus tinham de ensinar a obediência. Os discípulos
deveriam levar o evangelho, ajudar na conversão e formar discípulos de Jesus
aprendizes. Discípulos inclinados à obediência, não à rebeldia. Discípulos são
todos aqueles que são ensináveis, que se permitem ser ensinados, que sabem que
não aprendeu tudo e que nunca aprenderão tudo. Os “dias de escola” do cristão
nunca se acabam, é para toda a vida.
Mas
eles deveriam ensinar o que? Ensiná-los “... a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei”. TUDO. Jesus passou 3
anos ensinando o que deveriam fazer, como deveriam se comportar, como agir, o
que deveriam dizer, que palavras usar isso quando haveria necessidade de falar.
Ensinou sobre a fé, sobre as coisas vindouras e como seria a vida daquele que
decidisse segui-lo. Seus benefícios e suas responsabilidades como cristão.
O
tipo de envangelismo evocado por Jesus nessa comissão não termina na conversão
do não crente, se estende ao batismo e ao ensino dia após dia. v.
20: “... E
eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos".
Existe
aqui uma ênfase forte Jesus estará conosco. ELE é o EMANUEL. O Deus conosco!
Estará sempre, até o fim dos tempos. Pergunto-lhes... Já chegou o fim dos
tempos? Acabou este período? Isso significa que Deus nos dá a missão, mas não
nos abandona. Estará conosco sempre, todos os dias, até sua volta. Ainda há
muito o que fazer, muitos não conhecem ao Senhor.
Interessante
que em Mateus não tem o relato da Ascenção de Jesus. Marcos, Lucas sim, e João
também não descreve este relato, mas no evangelho de João encontramos as
seguintes palavras de Jesus:
"Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam
também em mim. Na casa de meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, eu
lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar. E se eu for e lhes preparar lugar,
voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver” (João 14.1-3).
O tempo não acabou, por isso precisamos evangelizar,
fazer discípulos em todas as nações, leva-los ao encontro com Cristo, leva-los
ao Batismo, educa-los nos caminhos do Senhor.
Conclusão
Em
Cristo, só temos privilégios. Primeiro por ser cristão, ser discípulo e
pertencer a Cristo. Ele é o nosso Senhor e Salvador, é o nosso Deus. E baseado
em sua autoridade sobre todas as coisas inclusive de nossas vidas é que
atenderemos a esta Grade comissão.
“19 Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam
com que sejam meus seguidores, batizando esses seguidores em nome do Pai, do
Filho e do Espírito Santo 20 e ensinando-os a obedecer a tudo o que
tenho ordenado a vocês. E lembrem disto: eu estou com vocês todos os dias, até
o fim dos tempos” Mateus 28.19-20 NTLH
- Você será obediente?
No amor de
Cristo, Pr Paulo Berberth
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No Amor de Cristo,
Pr Paulo Berberth