Mensagem do dia 16/07/2014 (quarta-feira) –
Igreja Batista Central em Toledo
“3 Amados, embora estivesse muito ansioso por lhes
escrever acerca da salvação que compartilhamos, senti que era necessário
escrever-lhes insistindo que batalhassem pela fé uma vez por todas confiada aos
santos. 4 Pois certos homens, cuja condenação já estava sentenciada
há muito tempo, infiltraram-se dissimuladamente no meio de vocês. Estes são
ímpios, e transformam a graça de nosso Deus em libertinagem e negam Jesus
Cristo, nosso único Soberano e Senhor” (Judas 1.3-4).
Uma preocupação de
Judas.
Batalhar pela fé. Mas porque devemos batalhar pela fé? No versículo 4 Judas
explica a razão da peleja. Ele diz que “certos homens infiltraram-se dissimuladamente
no meio da igreja, ele diz que são ímpios, e transformam a graça de nosso Deus
em libertinagem, e ainda negam Jesus Cristo, que é o nosso único Soberano e
Senhor”. Vamos analisar por partes.
A batalha é legítima. Hoje em dia vemos pessoas batalhando
por coisas que não deveriam batalhar. Brigando por coisas que não deveriam
brigar. A igreja tem virado uma espécie de “octógono”, onde as pessoas disputam
entre si por poder e por causa da vaidade enquanto as coisas realmente
importantes são deixadas de lado. Eis uma boa pergunta: Que batalha você luta? Judas
é bem claro, ele queria escrever sobre coisas mais agradáveis, sobre a
salvação, sobre a vida cristã, mas ele sentiu esta necessidade de “... escrever-lhes insistindo que batalhassem pela fé uma vez
por todas confiada aos santos”.
O que é batalhar pela fé? O que nos leva a batalhar pela
fé? O que nos faz entrar nesta batalha? Ou o que faz fugir dela? Mas no
contexto de Judas: Qual era a sua preocupação ao insistir e incentivar a
batalhar pela fé? Penso que em primeiro lugar, Judas tinha medo que os crentes
fossem contaminados e influenciados pelas heresias, assim como pelos
comportamentos imorais dos homens que ele diz ter “... se infiltrado dissimuladamente no meio deles”. E
se tornassem apóstatas também. Abandonassem a fé e a sã doutrina outrora
ensinada.
Em segundo lugar, acredito que Ele queria incentivar a
perseverança e a firmeza na fé com Cristo. A perseverança é um ingrediente
extremante necessário para conseguir lutar pela fé. Não desistir, não se
desviar, nem para a direita e nem para a esquerda. Não sair do caminho, não ter
a mente e o coração persuadidos. Por isso, eles deveriam ter convicção do
Evangelho que lhes foram ensinados e pela prática da sã doutrina. Pela verdade
do Evangelho. Por causa de Cristo.
O combate deveria ser contra as heresias e imoralidades,
não contra pessoas. Não contra pessoas, mas contra a teologia herética e o
comportamento imoral, porém, ele mostra quem são estes homens leiamos o v.4: “Pois certos homens, cuja condenação já estava sentenciada há
muito tempo, infiltraram-se dissimuladamente no meio de vocês. Estes são
ímpios, e transformam a graça de nosso Deus em libertinagem e negam Jesus
Cristo, nosso único Soberano e Senhor”.
Já estão condenados. Porque eles já estão condenados? Leiamos João 3.17-18: “17
Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas
para que o mundo fosse salvo por ele. 18 Quem nele crê não é
julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito
Filho de Deus”.
Infiltraram-se dissimuladamente
no meio de vocês. Eram
falsos mestres, aparentemente pareciam bons e verdadeiros cristãos, mas tinham
a intenção de desviar o povo de Deus (Cf.
Mt 7.15; At 20.29; Gl 2.4-5; 1Tm 4.1-3; 2Pe 2.1, 20; 1Jo 2.18-23). Esses apóstatas eram fraudes de satanás que,
muito provavelmente se passavam por mestres itinerantes (Cf. 2Co 11.13-15; 2Pe 2.1-3; 2Jo 7.-11).
Eram ímpios. Literalmente “homens sem Deus” ou “sem
adoração”. A falta de reverência deles a Deus era demonstrada pelo fato de que
eles se infiltraram na igreja de Deus para corrompê-la e se apoderar dos bens
das pessoas v. 16: “são aduladores dos outros, por motivos interesseiros”.
Deturpavam a Graça. Eles “...
transformam a graça de nosso Deus em libertinagem”. Libertino é aquele que literalmente possui um
“vício desenfreado”. Descreve o estilo de vida desavergonhado de quem
irreverentemente abusa da graça de Deus ao entregar-se sem reservas à
imoralidade descarada. Conforme Romanos
6.15: “E então? Vamos pecar
porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De maneira nenhuma!”. O verdadeiro cristão não vive pecando, embora
peque, ele deseja fazer a vontade de Deus, ele não quer fazer a graça de Deus
vã em sua vida.
Negavam a Jesus Cristo.
Negaram
Jesus, por não crer, porque eram ímpios, eles eram falsos, se faziam de
cristãos, mas não eram. Com isso, negaram a Cristo, disseram não a ELE. Jesus, o “nosso único Soberano e
Senhor”. Judas conclui dizendo quem é Jesus. O único Soberano e
Senhor. Jesus é Deus, não é um deus, é DEUS, é o Soberano e é também o Senhor,
aquele que é digno de honra. Por isso, com sua conduta perversa, os apóstatas
não reconheciam Cristo como Senhor Soberano e desprezavam Jesus como Senhor
honroso. Os apóstatas, os falsos mestres e as falsas religiões sempre deturpam
o que a Escritura declara que é verdadeiro a respeito do Senhor Jesus Cristo e
seus ensinamentos.
Portanto, assim como os crentes daquele tempo, nós também
temos que estar bem preparados e batalharmos pela fé.
No amor de Cristo, Pr Paulo Berberth
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