Cristianismo
Hibrido
Hibrido. Na Biologia e Agronomia,
esta palavra é comum. Híbrido
designa um cruzamento genético entre duas espécies vegetais ou animais
distintas, que geralmente não podem ter descendência devido aos seus genes
incompatíveis. E quando se reproduzem, o resultado é uma anomalia, ou seja, a
produção em laboratório é boa, mas a sua reprodução não tem a essência, não
terá vida.
Um exemplo: Digamos que seja pego
todas as características genéticas dos melhores milhos, em laboratório seja
modificado para que ele tenha todas as características em um só. Porém, este
milho não irá reproduzir com a mesma qualidade (por ser estéril), pelo
contrário, a reprodução do milho hibrido resultará em uma produção com muitas
imperfeições.
O “evangelho” pregado por alguns segmentos dos chamados
evangélicos é parecido com isso. Na verdade, determinados grupos sincretizaram
de tal forma a “fé” que não dá para definir sua essência. Isto porque, a
mensagem pregada em seus púlpitos é fruto de um cristianismo híbrido onde se
encontram pressupostos cristãos, misturados com paganismo, misticismo,
espiritismo, catolicismo e outros. Portanto, não é o Evangelho de Jesus, é um
sub produto produzido por homens.
Para piorar a coisa, tal práxis doutrinária e
comportamental encontrou uma enorme aceitabilidade por parte da sociedade, e
isto se deve ao fato de que as pessoas deste tempo, buscam desesperadamente por
experiências sobrenaturais e não pela verdade do Evangelho. Elas não querem
pensar, querem sentir. Não querem doutrina, desejam novidades. Não querem
estudar a Palavra, querem escutar testemunhos eletrizantes. Não querem adorar,
querem shows. Não querem Escolas Bíblicas, querem circo e entretenimento. Não
querem o evangelho da cruz, desejam o evangelho dos milagres, de prosperidade.
Não querem Deus e sim as bênçãos de Deus.
Isto é cristianismo hibrido. Um “cristianismo” sem a essência,
sem fundamento, sem bases, sem alicerce. Infelizmente estamos vivendo um tempo
de paganização, onde cultos se fundamentam nas emoções, supostos pastores, sem
conhecer o mínimo de teologia, sem preparo, mas cheios de achismo e heresias
sem fim.
Percebemos igrejas cheias de pessoas, mas vazias de Cristo.
Igrejas vazias, vulneráveis e improdutivas. Na verdade, o que determina o “sucesso”
do culto não é mais a Palavra de Deus, mas o gosto da freguesia, membros querem
ensinar o pastor a pastorear. E o pastor por sua vez prega o que dá ibope, o
que os donos da igrejas querem, oferecendo ao povo o que ele quer ouvir não o
que precisa ouvir.
Esse evangelho híbrido anuncia Cristo juntamente com o
evangelho do descarrego, da quebra de maldições, da prosperidade material,
anuncia um evangelho do medo, mostrando um Deus tirano que punirá todo o crente
que não contribuir financeiramente com a igreja. Não prega a Cruz, a santificação,
o pecado, a necessidade da Graça, da Misericórdia e do perdão de Deus, não
prega as boas obras, uma geração que desejam os benefícios e não as
responsabilidades do Evangelho verdadeiro.
Outra coisa que percebemos neste cristianismo hibrido é
que o crente hibrido gera crentes problemáticos, imaturos estéreis. É por isso
que vemos acontecer tantas aberrações e anomalias no seio da igreja. É por isso
que encontramos nas igrejas hoje, crentes apáticos, sem gosto, sem sal e sem açúcar,
apagados sem brilho, sem vida, sem interesse, sem cooperação, não evangelizam, não
fazem o bem, não querem o bem, trabalham contra, causam intrigas, fofocas,
difamações. Triste realidade!
Crentes artificiais, que cumprem ritos semanais, comportamentos
pré-estabelecidos, mas vazio de sentido, você pode perguntar por que ele faz o
que faz? E terá como resposta: “Não sei, sempre fiz assim, é assim que aprendi”.
O crente artificial está preocupado com coisas insignificantes, com coisas que
não vão edificar e somar para o reino de Deus. Preocupam-se com a liturgia, com
a forma, com estilos de músicas, com métodos e estratégias para evangelismo e
de crescimento de igreja. Eles na verdade são bons na teoria, péssimos na
prática. São capazes de dizer o que um pastor precisa fazer e quais os caminhos
do sucesso ministerial. Não querem ser pastoreados, querem um empregado. Neste
caso, a igreja não cresce nunca, ficam sempre aqueles “gatos pingados” com seus
“manda chuvas” ditando as regras, “muito chefe para pouco índio”. Mas no final
das contas não reproduzem a essência de Cristo. Tudo isso e muito mais que não
foi citado, é resultado de um cristianismo hibrido, artificial, o pior é que
este tipo de crente se reproduz piorando cada vez mais em suas reproduções.
Por isso, precisamos de igrejas maduras com pessoas bem
resolvidas que possuem consciência do reino, que sabem e cumprem suas responsabilidades
e que não apenas querem desfrutar dos benefícios da salvação. Não se faz
discípulos com pessoas que se reúnem uma vez por semana, e olhe lá! Não se faz
discípulos sem convivência, sem vivencia e sem espiritualidade, doutrina e
teologia sadia e bíblica. Cristo precisa ser imitado e seguido.
A igreja brasileira está em perigo, minha conclusão é que
mais do que nunca a igreja cristã brasileira precisa URGENTEMENTE de uma nova
reforma. Orem pela igreja, lute pela igreja.
No amor de Cristo, Pr Paulo Berberth
Texto perfeito, boa comparação. O que me fez pensar é que os cristãos problemáticos geram ainda mais cristãos problemáticos só que piorados e não foi isso que Jesus desejou que a igreja fizesse
ResponderExcluirGrande verdade!!!!
ResponderExcluirTriste realidade do cristianismo vivido hoje em dia
ResponderExcluirTotalmente verdadeiro, Parabéns!
ResponderExcluirRiplaplá
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