Pilatos – Um homem que lavou as mãos


Pilatos – Um homem que lavou as mãos
Série: Personagens Bíblicos - Dia 17/04/2013 (Quarta-feira) 
 Igreja Batista Central em Toledo

 “23 Que mal fez ele? Perguntou Pilatos. Porém cada vez clamavam mais: Seja crucificado!  24 Vendo Pilatos que nada conseguia, antes, pelo contrário, aumentava o tumulto, mandando vir água, lavou as mãos perante o povo, dizendo: Estou inocente do sangue deste justo; fique o caso convosco!” (Mateus 27.23-24).

INTRODUÇÃO
Primeiramente, Quem foi “Pôncio Pilatos”? Ele era Procurador ou Governador da Judéia. Aparece nos evangelhos quando Jesus foi levado a ele para ser julgado. Pilatos queria apenas manter a paz pública na ocasião, e por isso procurou apaziguar os judeus mandando açoitar Jesus (Mt 27.26; Jo 19.1). Por fim, para se livrar de um problema político, envou Jesus ao seu inimigo, Herodes esperando que este O julgasse já que Jesus era da Galiléia e Herodes era o Governador da Galiléia, portanto, jurisdição de Herodes (Lucas 23.7-12), Jesus foi devolvido para Pilatos, que fez as pazes com Herodes, pois eram inimigos. Pilatos chamou os chefes dos sacerdotes, as autoridades e o povo, e pela terceira vez disse não ver crime algum em Jesus. Mas eles gritavam ainda mais forte: Crucifica-o! Liberta Barrabás! Pilatos, “lavou suas mãos” e fez o que a multidão pedia (Lc 23.14-25).

Há um ditado que diz que “a voz do povo é a voz de Deus”. Será? Acho interessante a forma que as coisas aconteceram, percebo certa ambiguidade nesta afirmação (tem 2 lados a moeda). Pois por um lado o povo foi injusto dizendo: “Crucifica-o! Crucifica-o!”. Mas por outro, percebemos um plano maior, o de DEUS, dentro do seu Maravilhoso propósito de salvação para a humanidade, ou seja, as profecias haveriam de se cumprir, a crucificação deveria acontecer exatamente para se cumprir o plano de Salvação de Deus ao mundo para todos aqueles que Nele cressem. Vamos analisar a postura de Pilatos e suas atitudes aplicando lições para as nossas vidas, o que podemos aprender?

Ele poderia soltar Jesus se quisesse? Sim! Teve oportunidade para isso, inclusive percebemos que ele concluiu que Jesus era de fato inocente, “NÃO vejo nele crime algum”. No entanto lavou suas mãos, “tirou o corpo fora”, transferiu a responsabilidade para o Povo dizendo “... estou inocente do sangue deste justo; fique o caso convosco!”. Pilatos ficou em cima do muro, não quis se comprometer com a responsabilidade de ser o culpado pela crucificação de um homem justo e também temia o povo, pois “aumentava o tumulto”. Pilatos foi covarde e agiu com indiferença.

Ouvi certa vez que o oposto do amor não é o ódio, é a indiferença, talvez ela seja também o oposto da decisão, a indiferença frente às decisões que sabemos que temos que tomar. Aplicando isso sobre as nossas vidas, podemos pensar: Em quais situações podemos ser indiferentes?

  1. Quando não ouvimos e não obedecemos a Palavra de Deus em todas as áreas;
  2. Quando não amamos a Deus e ao próximo da maneira que ELE deseja;
  3. Quando não nos importamos com a salvação dos perdidos;
  4. Quando não nos importamos com o nosso testemunho pessoal;
  5. Quando não somos bons mordomos, do tempo, bens, dons e talentos;
  6. Quando não oramos uns pelos outros;
  7. Quando deixamos de cooperar com a obra de Deus em nossa igreja local;
  8. Quando não perdoamos e não buscamos restaurar a comunhão com o irmão;
  9. Quando não atendemos e ajudamos aos necessitados naquilo que está ao nosso alcance;
  10. Quando não agimos com imparcialidade em meio uma dificuldade de relacionamento;

CONCLUSÃO
Pilatos, agiu totalmente ao contrário do que seria a melhor decisão para o cristão. Ele pensava em si e não no próximo, ele queria soltar Jesus, não por ser justo, mas para não ser responsabilizado pelo sangue de um homem justo. Ele mandou Jesus para Herodes, não porque queria de fato que Jesus fosse liberto, mas porque ele queria se ver livre de um problema político. Ele tenta agradar o povo, a César e aos judeus, mas não quis agradar a Deus. Que possamos refletir sobre essas coisas e que possamos fazer e ter atitudes que agradam a Deus.

No amor de Cristo, Paulo Berberth

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