Cristãos Eternos

Cristãos Eternos
Mensagem do dia 18/03/2012 (Domingo/Manhã)
Igreja Batista Aeroporto de Campo Mourão
Texto: Tiago 1.9-11.

Introdução
Eu sempre falo que os valores foram invertidos, “nós vivemos o passageiro como se fosse eterno” e isso fica evidente até mesmo dentro das igrejas. Contudo, sabemos que as circunstancias terrenas são transitórias, são passageiras e nós não, nós somos eternos.

As provações deste mundo fazem com que todos os cristãos dependam igualmente de Deus, sejam eles ricos ou pobres. Porque a fé não depende das circunstancias. Alguém já disse: “A fé ri das impossibilidades”.  Este fato nos coloca no mesmo nível para que deixemos de nos preocupar com as coisas terrenas e pensemos mais nas coisas de Deus. Mas Tiago trata na carta o caráter e o comportamento dos crentes. Ele trabalha o conceito de eternidade e os valores terrenos. O que será que podemos aprender com este texto?

“O irmão, porém, de condição humilde glorie-se na sua dignidade”.

Já conversei com pessoas que são pobres e que apenas murmuram da vida, olham apenas para sua situação, que com certeza pode ser difícil mesmo, mas isso não justifica parar de pensar em Deus e nas coisas concernentes ao Teu Reino. A vida não pode parar. Todos nós temos problemas. E a dignidade do ser humano é melhor do que a riqueza. Há valores e tesouros mais preciosos do que a riqueza. A Salvação, a Sabedoria, o discernimento de Deus e o caráter não se compram.

O verbo “glorie-se” refere-se à ostentação de um privilégio ou bem; é a alegria de um orgulho legítimo. Alegria por aquilo que conquistou, pelas vitórias. Isso é muito bom e com certeza são momentos especiais de nossas vidas e devem ser comemoradas sim, com muita alegria. Mas o texto diz: “Gloriar-se”. Em que? Ou do que? O pobre “... na sua dignidade”. Outra tradução: “... glorie-se na sua alta posição”. Embora nada tendo neste mundo, o cristão pobre pode se alegrar em sua alta posição espiritual diante de Deus por meio da graça e da esperança que isso traz.

O apóstolo Paulo disse: “Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada” (Romanos 8.18). O mundo valoriza as pessoas pelo cargo ou bens que possui. Há um tesouro maior do que qualquer riqueza da terra, a Salvação em Cristo Jesus.

“e o rico, na sua insignificância, porque ele passará como a flor da erva. Porque o sol se levanta com seu ardente calor, e a erva seca, e a sua flor cai, e desaparece a formosura do seu aspecto; assim também se murchará o rico em seus caminhos”.

O rico glorie-se em que? “... na sua insignificância...”. Refere-se ao cristão rico sendo humilhado pelas provações. Essas experiências ajudam-no a se alegrar e perceber que a verdadeira felicidade e contentamento dependem das verdadeiras riquezas da graça de Deus e não nas riquezas do mundo.

Li uma frase assim: “Conheci um homem pobre, tão pobre, tão pobre que só tinha dinheiro”. O rico deve ser humilde, deve sentir orgulho na humildade. O dinheiro não é ruim, mas o amor ao dinheiro é pecado. É idolatria. Ninguém pode servir dois senhores, ou servimos a Deus ou as riquezas (Lc 6.24). Há pessoas que julgam não precisarem de Deus, batem no bolso e dizem: “Aqui o meu deus”. Tal homem não sabe que tal riqueza não vale nada.

Há muitos ricos humildes e tementes a Deus totalmente depreendidos do dinheiro, são generosos e ajudam com seus bens muitas pessoas. Assim como há muitos pobres egoístas, gananciosos, medíocres e de mau caráter. Jesus disse: “Onde está o seu tesouro, ali também estará o seu coração” (Lc 12.34).

A riqueza é como a flor da erva, um dia passará. O Sol com seu calor a faz murchar, ela cai e some sua formosura. Assim é com a nossa pele. Nossa beleza exterior. Nada disso levaremos. Nada disso tem importância. Apenas o verdadeiro tesouro da Salvação e os benefícios que ela nos dá.

Jó disse: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR!” (Jó 1.21). 

Podemos fazer planos e traçar projetos. Mas devemos esperar ansiosos pela vinda do Senhor.

Conclusão
Os cristãos ricos e os pobres podem se alegrar porque Deus não faz acepção de pessoas e porque ambos têm o privilégio de ser identificados com Cristo e também porque são seres eternos. Valorize a Salvação. Sinta e demonstre a Alegria da Salvação, isso são valores eternos. Amém!

No amor de Cristo,
Pr Paulo Berberth

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