“ 9 Que se conclui? Temos nós qualquer vantagem? Não, de forma nenhuma; pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado; 10 como está escrito: Não há justo, nenhum sequer, 11 não há quem entenda, não há quem busque a Deus; 12 todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer”. (Romanos 3.9-12)
Todos os homens estão debaixo do pecado, todos são falhos, são pecadores. Quem nunca ouviu aquele velho ditado: “errar é humano”. Nós erramos em várias situações e de várias maneiras, muitas vezes erramos sem querer, outras vezes erramos por falta de atenção, imaturidade, por imprudência, falta de sabedoria e de discernimento das coisas. E ainda podemos errar conscientes do erro, querendo errar mesmo, “dando murro em pontas de faca”. Somos avisados e aconselhados ao contrário e mesmo assim agimos com teimosia e quebramos a cara. Independente do erro e da pessoa, “todus nózes erramus”.
A questão é: E depois, como encaramos o erro?
Refletiremos nas situações: Assim como eu erro, alguém pode errar comigo. Um erro pode atingir uma pessoa ou ainda várias pessoas. Sabemos que para cada decisão que tomamos há um resultado, logo teremos uma conseqüência e esta por sua vez pode ser “grave” ou “leve”, mas ela sempre vai existir. Por isso temos que tomar cuidado e nos policiar.
Vivemos temos difíceis em que tolerar os erros alheios é cada vez mais raro. A quem diga que se perdoar pelos próprios erros já está difícil, imagine perdoar os erros dos outros? Outros dizem que “é errando que se aprende”, todavia, quem foi que disse que temos que errar para aprender? Dizem também que “se errar é humano, persistir no erro é burrice”. Costumo dizer que ninguém precisa sentar num formigueiro para descobrir que vai doer. Claro que vai! Quer experimentar?
Nós temos a Palavra de Deus como o nosso “manual”. Nela contém instruções de Deus para o nosso viver, seja qual for o assunto a Bíblia responde. Não precisamos errar para aprender, no entanto, é claro que podemos aprender com os nossos erros e com os de outros, só que é mais doloroso. Ao aprendermos, noutras situações agiremos diferente e não errar mais. Temos a oportunidade de praticarmos o perdão e ser mais sensíveis e tolerantes com aquela pessoa que errou conosco ou que com alguém.
Porém nem sempre isso acontece, não estou falando que devemos apoiar o erro passando a mão na cabeça da pessoa que errou, ela precisa sim ser exortada, aconselhada e instruída, contudo como amor, justiça, verdade, integridade e imparcialidade.
Já vi e já fui vitima de julgamentos errôneos dentro e fora da igreja. Assim como no inicio de minha conversão era muito chato, eu parecia uma “Bíblia ambulante” citando versículos, mas com muita imaturidade, causava constrangimentos, era uma cópia daqueles que eram se julgavam “policias de Deus”. Era tão moralista e legalista que me sentia ferido, escandalizado e muitas vezes até enojado por causa dos pecados e erros alheios. Mas pela graça a Deus, no decorrer de minha experiência como cristão, no seminário e no ministério, ELE foi me lapidando e me dando outra visão das coisas. e uma das coisas mais importantes que aprendi é que devemos ser flexíveis. Gosto de uma frase: “nunca duvide de sua capacidade de pecar”.
O moralismo e o legalismo exagerado têm destruído algumas igrejas, até pensei no seguinte tema para o TCC na época do seminário: Igreja, Tribunal ou Hospital? Qual é o papel da Igreja e dos cristãos? Será que na verdade tais pessoas não agem com hipocrisia? Elas se escondem atrás de argumentos tendenciosos para condenar aqueles que à sua ótima é um “pecador miserável e sem solução”, então decidem jogar fora de uma vez para, sabem por quê? Porque não querem restaurar, sarar as feridas. Há pastores e líderes que estão mais para “boiadeiros” do que pastores e bons samaritanos. Um dos meus melhores amigos (o Pr Ivan Fidelis dos Santos), tem uma frase pessoal que diz: “Pastor deve ter cheiro de ovelhas”.
Eu ainda não compreendo muitas coisas, luto para ser um bom pastor, sou inexperiente no ministério, estou apenas começando, entretanto uma coisa eu sei: É que “todus nózes erramus”.
Oração
“Senhor Jesus, sê misericordioso conosco, perdoa as nossas falhas, conserve-nos com um coração amoroso, misericordioso, tolerante ao olhar os erros alheios. E nos dê de Tua sabedoria para acertarmos o Alvo, que é a Tua vontade. Em nome de Jesus Cristo. Amém!”
No amor de Cristo,
Paulo Berberth
Paulo, você é uma benção!
ResponderExcluirNestes últimos tempos, tenho sido exortada a entender que somente a graça de Deus na minha vida é que me faz continuar. Não somos infalíveis. Estamos sujeitos a errar. Precisamos usar da compaixão que queremos que usem conosco em nossos erros.Oremos e vigiemos!
Deus continue te usando!
Paulo, gostei muito do seu texto!! Tenho pensado a respeito deste tema e o que você escreveu me ajudou bastante! Acho que precisamos aprender a lidar com nossos erros, não de forma condescendente, mas também não ficando paralisados pela culpa. Jesus, mesmo me vendo sem máscaras, conhecendo todos os meus pobres, ainda assim me amou e deu Sua vida para que eu pudesse viver nEle. Quando abandono minha “justiça” hipócrita e me vejo como uma pecadora salva pela Graça de Deus, posso ser o que fui chamada para ser, e amar os outros com todas as suas qualidades e defeitos. Penso que o julgamento que condena as pessoas (e não os erros) só revela que ainda não entendemos o que Ele fez por nós. Jesus acolheu, perdoou e dedicou tempo ao ensino da Verdade (em vez de só ficar apontando o erro dos outros), exortando amorosamente a mudança de atitude.
ResponderExcluirDesculpa o comentário gigante, mas queria compartilhar com você este pensamento, até porque seu texto me ajudou a colocá-lo em ordem. Obrigada! Fica com Deus.